A conversa telefônica desta terça-feira (12) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping foi mais que um diálogo político — foi como o encontro de dois rios caudalosos que, ao se unirem, criam uma corrente capaz de mover economias e ideias. Xi afirmou que a relação entre Brasil e China vive seu melhor momento histórico, ecoando como música para quem defende a cooperação internacional em tempos de turbulência.
No tabuleiro geopolítico, os dois países se posicionam como peças-chave do Sul Global, defendendo o multilateralismo e a autossuficiência em um mundo ainda marcado por barreiras comerciais e tarifas inesperadas. É como se, juntos, construíssem uma ponte suspensa sobre o abismo do protecionismo, enquanto outros preferem erguer muros.
A parceria já extrapola o agronegócio, ainda que a soja continue sendo um pilar — afinal, os grãos que saem dos campos brasileiros alimentam não só animais, mas também a engrenagem da cooperação. Agora, saúde, petróleo, gás, satélites e economia digital entram na pauta, como novos acordes em uma sinfonia bilateral.
Pequim tem investido fortemente na América Latina e, no Brasil, encontra um parceiro disposto a equilibrar comércio e geopolítica sem cair no jogo da rivalidade. Lula e Xi não falam apenas de cifras: discutem clima, tecnologia e o papel do G20 e do BRICS como guardiões de um mundo mais equilibrado.
Se diplomacia fosse esporte, Brasil e China estariam liderando o campeonato da paciência estratégica. E, nesse jogo, a vitória não é individual: é o avanço conjunto rumo a um planeta mais justo, sustentável e conectado.
Por Redação
